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8 de março, Dia Internacional da Mulher: “Retrocessos na progressão dos direitos das mulheres prejudicam-nos a todos”

8 mar 2017

Comemora-se hoje, dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher. Altos dignitários das Nações Unidas, incluindo o Secretário-Geral, António Guterres, e o Alto Comissário para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, divulgaram mensagens alusivas à efeméride. 

António Guterres, divulgou um vídeo onde surge acompanhado por diversas funcionárias das Nações Unidas e no qual lembra designadamente que: “Os direitos das mulheres são direitos humanos. Mas em todo o mundo esta mensagem é ignorada com demasiada frequência. As mulheres continuam a enfrentar discriminação e violência. Das salas de aula às salas de reuniões, até aos campos de batalha.”

“Como Secretário-Geral das Nações Unidas, estou comprometido a 100% com a promoção da liderança das mulheres e da igualdade de género. Mas o nosso mundo está a passar por tempos difíceis. E milhões de mulheres e meninas estão na linha da frente.” O Secretário-Geral sublinhou ainda o trabalho desenvolvido pela ONU, em todo o mundo, no combate à discriminação contra as mulheres e promoção da igualdade de género.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos, por seu turno, manifestou preocupação com os retrocessos a que se assiste na realização da igualdade de género em todo o mundo.

 “Hoje lembramos a luta em prol dos direitos humanos de milhões de mulheres que exigiram o respeito dos seus direitos e dos direitos dos demais. O movimento de mulheres trouxe enormes mudanças, mas há também que reconhecer que os progressos foram lentos e extremamente heterogéneos”, disse.

“Os progressos trouxeram também desafios. Em demasiados países, estamos a assistir a retrocessos nos direitos das mulheres, retrocessos que nos prejudicam a todos. É preciso estar alerta – os progressos das últimas décadas são frágeis e não devem ser tomados como dado adquirido.

É extremamente perturbador ver os retrocessos recentemente introduzidos em legislação fundamental de muitos países do mundo, baseados numa renovada obsessão por controlar e limitar as decisões das mulheres sobre os seus corpos e as suas vidas e em visões segundo as quais o papel das mulheres deve restringir-se essencialmente à reprodução e à família. Esta agenda ameaça os ganhos do passado.

Embora estes retrocessos sejam frequentemente introduzidos em nome da tradição, constituem muitas vezes uma reacção a esforços de amplos segmentos das mesmas sociedades para promover a mudança”, afirmou o Alto Comissário.

 

por: Raquel Tavares

Fontewww.ohchr.org