Numa intervenção proferida perante o plenário da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, cuja sessão de Verão decorre esta semana em Estrasburgo, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, assegurou aos Estados europeus o apoio das Nações Unidas no combate ao extremismo violento e ao aumento do anti-semitismo, ataques contra os muçulmanos e formas conexas de discriminação. 

Ban Ki-moon saudou a acção do Conselho da Europa na resposta a estes problemas, incluindo no que diz respeito ao combate ao radicalismo conducente ao terrorismo e congratulou-se com a adopção, pelo Conselho, do Protocolo Adicional à Convenção sobre a Prevenção do Terrorismo, bem como com a criação da Aliança Parlamentar Conta o Ódio.

Anunciou também o lançamento, no próximo mês de Novembro, de um plano de acção das Nações Unidas para prevenir o extremismo. Para combater a ameaça terrorista, o Secretário-Geral da ONU considerou que podem ser necessárias “medidas de segurança e mesmo acção militar”.

Ban Ki-moon defendeu ainda a protecção dos direitos dos migrantes, requerentes de asilo e refugiados, particularmente dos que atravessam o Mediterrâneo e o Mar de Andamão, bem como a Baía de Bengala. Recomendou o estabelecimento de “canais legais” na Europa, nomeadamente opções de reinstalação, reunificação familiar e vistos de trabalho e de estudo, para garantir uma migração segura.

Relativamente ao conflito na Ucrânia, que provocou mais de 6000 mortos em pouco mais de um ano, Ban Ki-moon reiterou o seu apelo para que sejam feitos “todos os esforços possíveis para pressionar as partes a implementar plenamente os Acordos de Minsk e alcançar uma solução política.” Destacou que qualquer solução pacífica tem de ser baseada na “protecção dos direitos humanos, responsabilização e justiça para as vítimas – numa Ucrânia soberana, independente e unificada.”

Autor: Raquel Tavares

Fonte: www.coe.int