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Secretário-Geral Thorbjørn Jagland: a luta contra o extremismo violento é uma batalha de ideias

22 jun 2015

O Secretário-Geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland, proferiu na passada semana uma intervenção perante o Comité contra o Terrorismo do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CCT), considerando que a luta contra o extremismo violento representa ”uma batalha de ideias”.

Thorbjørn Jagland fez esta intervenção em Nova Iorque no âmbito de uma reunião pública de informação organizada pelo CCT e subordinada ao tema: “as novas iniciativas para lutar contra a ameaça que representam os combatentes terroristas estrangeiros”.

No seu discurso, o Secretário-Geral do Conselho da Europa referiu que a luta contra o extremismo violento apresenta muitos desafios e não pode ser ganha no campo de batalha, não sendo também possível negociar a paz.

“[…] temos de compreender que estamos presos numa batalha de ideias. Não uma batalha contra o Islão. Aqueles que procuram justificar a violência e o homicídio em nome de Alá estão a subverter uma fé essencialmente pacífica: o terror não tem religião. Mas uma batalha contra o dogma, a ideologia e a propaganda.

E temos de provar aos jovens, aos pobres, aos marginalizados, aos que têm medo, aos que estão zangados, que a democracia, a tolerância e o pluralismo, as nossas ideias, ideias partilhadas pelos povos de todo o mundo, são melhores do que a divisão e o ódio. Temos de tornar os nossos opositores irrelevantes oferecendo às pessoas um caminho melhor e mais atraente”.

Thorbjørn Jagland destacou a importância de não repetir os erros do passado e referiu as duas principais formas como o Conselho da Europa está a ajudar os Estados a combater o extremismo violento: apoio na elaboração de um quadro legislativo adequado; e prevenção do radicalismo.

Recorde-se que a segurança baseada na liberdade e no princípio do Estado de Direito constitui uma das razões de ser do Conselho da Europa.

“Nada disto tem a ver com ganhar – não no sentido clássico. Aqueles que desejam destruir o nosso modo de vida não estão só a usar armas e bombas. Estão também munidos de respostas fáceis e promessas sedutoras. Felizmente para nós, as nossas respostas são melhores.

Democracia. Direitos humanos. Estado de Direito. Segurança baseada na liberdade. Esperança em vez de medo. Eles sabem disso. Nós só temos de nos lembrar também.

Avançar, sempre, juntos; sempre apoiados na lei; mais fortes devido aos valores que nos são queridos”, concluiu o Secretário-Geral.


Autor: Raquel Tavares

Fontewww.coe.int